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Formigueiros, Elefantes e outros Fascínios... minha juventude na África
Formigueiros, Elefantes e outros Fascínios... minha juventude na África
Formigueiros, Elefantes e outros Fascínios... minha juventude na África
Ebook97 pages1 hour

Formigueiros, Elefantes e outros Fascínios... minha juventude na África

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About this ebook

Rina Flanagan cresceu na África fugindo de cobras, elefantes, tios e primos chatos, além de outras criaturas imaginárias ainda mais assustadoras, e de alguma forma sobreviveu para contar...

Uma leitura rápida e divertida para pessoas de todas as idades!

LanguagePortuguês
Release dateJan 13, 2017
ISBN9781507153161
Formigueiros, Elefantes e outros Fascínios... minha juventude na África

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    Formigueiros, Elefantes e outros Fascínios... minha juventude na África - Rina Flanagan

    Formigueiros, Elefantes e outros Fascínios

    ...minha juventude na África

    Rina Flanagan

    Copyright © 2012 Rina Flanagan

    Todos os direitos reservados

    Para Hoyt, Ann, Marcia, Victor e Susan:

    Pelo incentivo, por se disporem, com coragem e prontidão, a editar o livro,

    e pelas valiosas sugestões,

    Obrigada!

    Índice

    Breve Introdução e Aviso

    Formigueiros e Peitinhos

    O Porco Jiri

    A Vida por um Fio de Cabelo

    O Tiro Fatal

    Animais de Estimação

    Klei Lat

    Cerveja e Arcos de Mopani

    A Paranaboia

    Inferno

    Costumes e Chwala

    Valentões e Portões Abertos

    Arados e Jacarandás

    Tommy Travesso e Snippy

    Devaneios e Roger

    Elefantes e um Chevrolet

    Tombo de Bicicleta e um Polimento Magistral

    Veículos e Babuínos Pastores

    Jefison, Soromon e Paul

    Bolinhas e Sutiãs Mal Colocados

    Esboços na Aula de Inglês e um Can-Can

    ––––––––

    Breve Introdução e Aviso

    Estas são algumas das experiências que eu considero mais interessantes da minha juventude na África... Minha família e amigos íntimos podem reconhecer algumas circunstâncias, personagens, etc. e, se não estiverem 100% de acordo com o que se lembram, agradeço antecipadamente pela compreensão! Estas memórias estão tão claras e coloridas quanto a passagem do tempo e a imperfeição da memória permitem... e - espero - interessantes o suficiente para serem divertidas.

    Formigueiros e Peitinhos

    Por duas vezes eu quase perdi um mamilo... Esta é uma das ocasiões.

    Eu tinha doze anos. Usava meu primeiro sutiã. Meu irmão mais velho chamava de suporte-de-acne-pendurado-no-ombro. Tinha daquelas belíssimas e sensuais conchas feitas de espuma, cobertas de renda preta, que adornava os seios em copo decotado, mas estava longe de ser atraente.

    Eu corria pela mata amarela alta, esquivando-se de pedras e de galhos baixos, atrás dos cães e dos meninos - meu primo e seu amigo. Eles tinham oito anos, isso tudo na África. Já havíamos estado no formigueiro alto antes, tínhamos escalado uma árvore morta ao lado dele, com medo de que algo grande saísse do buracão escuro que havia sido escavado sob o formigueiro. Eu não me movia do tronco morto.

    Daquela vez, trouxemos Snippy, Capt'n e Bull. Eram feras pequenas e ansiosas - como todo Fox Terrier -, fungando e escavando o túnel sob o formigueiro; os latidos abafados e os ganidos intensos me levavam de volta à velha árvore, com medo, mas ainda emocionada e curiosa. Poderia ser um javali... ou talvez um texugo... ou mesmo uma cobra grande. Seja lá o que tivesse ali dentro, poderia ser maior do que os cães!

    De repente, eu caí em direção ao buraco, mas inexplicavelmente fiquei presa... pendurada... com a ponta torta do tronco bem no meu rosto.

    Foi um choque! Só se ouviam as gargalhadas desenfreadas e sem remorso daqueles moleques de oito anos. Não paravam de rir, enquanto eu tentava descobrir por que ainda estava pendurada. Após olhar bem, vi que metade da minha roupa ainda estava presa ao que restava do tronco; meus pequenos seios jaziam nus, se exibindo gloriosamente aos meus companheiros, cheios de alegria.

    Não fiquem aí parados. Venham me ajudar a descer! Mas eles nem se esforçaram; envergonhada, e agora pilhada por uma crescente irritação, escalei o suficiente com uma mão e puxei a roupa presa com a outra. Estava quente, eu suava; os mosquitinhos irritantes que voavam em volta dos olhos e ouvidos, além da umidade, começaram a fazer meus seios expostos coçarem. Finalmente me soltei e desci da árvore; agora estava com ambas as mãos livres para arrumar o que restava da blusa e do sutiã rasgados. Aquele sutiã algodão amarelo e branco, tamanho 28, se rasgou em dois na frente; as costas ainda se seguravam pelos ganchos. A grande margarida de algodão - antes uma decoração altiva - agora estava murcha, virara apenas um rasgo na frente do sutiã.

    Uma longa linha vermelha escura em meio a várias outras listras vermelhas ligeiramente mais finas - combinando com o caule cheio de nós - saltavam quase em linha reta da barriga em direção ao seio direito, parando ameaçadoramente perto do mamilo.

    Um horror! Medo de câncer, de mutilação, do ostracismo, inundou a minha mente de doze anos... mais iminente, porém, era o medo da minha mãe. Aquilo não acabaria bem. Eu tinha enchido o saco dela para ganhar aquele sutiã. Além disso, agora eu poderia precisar de cuidados médicos. A última vez que isso aconteceu, eu estava brincando com o cachorro da família (um pastor alemão mestiço), fugindo de suas mandíbulas até ele me pegar - não foi por mal; era mais para uma mordidinha na coxa que lascou a pele e abriu o bastante para aparecer a gordura. Precisou dar um ponto e tomar a uma vacina de tétano - coisas insignificantes em comparação à reação da minha mãe. Agora sei que era só preocupação de mãe, mas, naquele momento, mais uma explosão selvagem e furiosa. Às vezes as mães são muito confusas.

    Os meninos ficaram um tempo em silêncio ao verem o pouco de sangue, mas quando desconsoladamente marchei de volta para casa, aquela seriedade desapareceu. Eles logo se lembraram do meu show com os seios nus; minha caminhada foi interrompida várias vezes com seus acessos de riso. Chegamos à casa e, claro, assim que o primeiro adulto veio nos cumprimentar, os meninos contaram a notícia com toda alegria e entusiasmo de um moleque de oito anos. Nem tive a chance de chamar minha mãe tranquilamente num canto e discutir a situação de forma discreta. Ela correu para dentro da despensa comigo e aplicou desinfetante contra picadas enquanto brigava pela minha falta de cuidado. Depois, contou aos outros adultos da família que quase arranquei meu mamilo fora ao cair de uma árvore. Por que, quando as pessoas estão com raiva (o medo maternal e a preocupação, mais uma vez), elas exageram? Claro, meu tio a conhecia bem; ele também sabia, pelo tom de voz, que não era nada tão sério. Mas agora, com aquela cena se repetindo na minha cabeça, voltei a ter medo da mutilação; quando achei que as coisas tinham se acalmado um pouco, fui de fininho olhar a ferida no espelho, já imaginando cicatrizes, câncer e outras possibilidades assustadoras.

    Meu tio foi implacável nas provocações. Ele sempre era. Quando íamos visitá-lo, ele sempre me cumprimentava com uma boa tarde, Rina quando eu acordava às 6 da manhã, mesmo se o resto da família tivesse acordado uns cinco minutos antes. Tá certo, talvez fosse um pouco mais. Agora ele tinha uma novidade. Me apelidou de Três Mamilos - apesar de meu mamilo estar perfeitamente bem e ter apenas

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