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Ápeiron: Uma Última Esperança
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Ápeiron: Uma Última Esperança

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About this ebook

O livro conta uma história fantástica sobre um futuro próximo em que a ganância da humanidade elimina todas as formas de vida do planeta Terra. Os únicos sobreviventes, humanos, estão em um planeta distante, chamado Murion. Neste lugar os sobreviventes formam uma nova sociedade de humanos, mas a falta de água naquele planeta, faz com que saiam à procura de um novo lar ou planeta. Nesta busca, eles acabam voltando ao planeta de origem, o planeta azul, onde a contaminação radioativa ainda é muito grande, sendo a única chance de salvação para todos uma pedra com poderes ilimitados, mas que precisa ser encontrada. Um relato emocionante do pós-fim dos tempos, chamando atenção para os cuidados com o planeta Terra no tempo presente.
Relatando assuntos como ganância, violência, a eterna luta do bem contra o mal, consumo de água sem controle, poluição, contaminação radioativa, mundos diferentes e imaginários, tecnologias futurísticas, entre outros, que fazem com que o leitor viaje pelo mundo fascinante da imaginação além fronteira.
O livro por sua dinâmica e grande inteligência narrativa, consegue envolver o leitor em uma teia de emoções e expectativas que o transforma em uma obra extraordinária para o entretenimento, informação e reflexão sobre vários assuntos da atualidade.
Durante a sua leitura, temos a nítida noção de estar visualizando as cenas, como em uma tela de cinema; tal é forma envolvente e concreta da narrativa aqui presente ao escrever. Na verdade são várias histórias dentro de uma história maior que se confunde com História da própria humanidade do passado, do presente e do futuro.
Em ÁPEIRON “UMA ÚLTIMA ESPERANÇA” recria-se as maiores lutas do homem de todos os tempos e a capacidade do ser humano em sobreviver e superar as tragédias por ele provocadas, com a ajuda de uma força maior que está presente na própria Terra e seus elementos formadores.

LanguagePortuguês
PublisherEmooby
Release dateJul 15, 2011
ISBN9789897140648
Ápeiron: Uma Última Esperança
Author

José Maria Cardoso

José Maria Cardoso, nasceu no dia 31 de janeiro de 1978, na cidade de Ipanema, Minas Gerais. Formado no Curso Normal de Magistério na EE Coronel Calhau em 1995, no Curso Normal Superior em 2005 no Campus de Ipanema do Centro Universitário de Caratinga e Pós-graduado em Docência do Ensino Superior em 2007, pela Universidade Candido Mendes - RJ. Atualmente é Analista Educacional, da Equipe Pedagógica, da Superintendência Regional de Ensino de Caratinga - MG, Palestrante e Contador de Histórias.Blog : escritorjmcardoso.zip.netOutras Obras Editadas: Totalidade Humana “Em Busca da Vida”, Editora Caratinga, 2004. Totalidade Humana II “Vidas Especiais”, Editora Caratinga, 2005. Conto, Reconto; Encontro Outro Conto, Editora Caratinga, 2008. Conto, Reconto; Encontro Outro Conto II, Editora Caratinga, 2010.

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Ápeiron - José Maria Cardoso

CAPÍTULO 1

O ALVORECER DOS SOBREVIVENTES

Murion – 3025

A Galáxia Gálica, uma das menores do Quadrante Fênix Superior, possuía três sistemas planetários e milhares de asteróides fragmentados. Em um destes sistemas, estava o maior de seus planetas, o árido Murion. O planeta Murion era aproximadamente do tamanho do antigo satélite da Terra, chamado de Lua. (A Lua que foi, primeiramente, fragmentada por mineradores que descobriram nela um mineral chamado pspatso, mais valioso do que o ouro; depois no ano 2450, recebeu um último golpe fatal, um gigantesco meteoro atingiu-a, varrendo-a do espaço. Milhares de fragmentos da explosão da Lua alcançaram o planeta Terra, complicando ainda mais a situação que já era infernal, provocando também milhares de mortes. Mesmo com as tentativas de os destruir ainda na rota de colisão, com mísseis teleguiados, muitos caíram no solo. O momento de sua destruição pode ser visto da Terra: um espetáculo de horror que acontecia sobre a cabeça dos humanos.) Murion possuía uma atmosfera parecida com a do planeta Terra. Não da atmosfera terrestre de agora, mas sim, muito parecida com a do planeta Terra do século XIX. Ele era iluminado pela estrela Lós, uma estrela média de quatro bilhões de anos. A grande diferença entre os dois planetas estava em sua reduzida capacidade hídrica, de difícil acesso e não-renovável. Ele era desabitado por espécies inteligentes, possuindo somente algumas formas vivas rudimentares, que pareciam as aranhas terrestres.

X X X X X

Mas como poderia ter sobrevivido alguém após toda aquela guerra, que assolara todo o universo conhecido?

Os humanos que estavam em Murion haviam sobrevivido por uma obra da engenhosidade e fatalidade. Durante a Grande Guerra, quando as batalhas alcançaram os céus de Murion, o planeta foi brutalmente atacado por ter sido considerado como um refúgio de rebeldes afroeuroasiáticos. Bombas e mais bombas americanas foram lançadas no solo muriônico, deixando-o completamente destruído. Mas o que os americanos não contavam, era que vários metros abaixo do solo havia grandes galpões semi-suficientes, que eram utilizados, no passado, para o acontecimento de festas e jogos clandestinos, onde só participavam os maiores magnatas do universo. Com o enfraquecimento das viagens turísticas e de lazer ao planeta, e devido à própria guerra, estes galpões passaram muitos anos desativados. Até que várias naves rebeldes atracaram no planeta, já bastante destruído, sendo que a falta de vigilância no local facilitou o encontro rápido destes lugares. Eles foram equipados com aparelhos de antilocalização, recebendo também uma fortificação especial. Quando os ataques cataclísmicos começaram, estes locais, apesar de sofrerem grandes abalos e alguns desmoronamentos, resistiram com eficiência. A falta de informação por parte dos americanos destes locais também foi decisiva, pois um ataque de infantaria encontraria facilidade para uma destruição do local, pois os rebeldes só contavam com poucas armas e menos munições ainda nos últimos dias de guerra.

X X X X X

Os sobreviventes da grande guerra do fim do terceiro milênio passaram por grandes dificuldades, viver em um planeta hostil e destruído pela ignorância de seus antepassados, talvez sozinho no universo; agora era o destino deles. Os muriônicos, como eles gostavam de serem chamados, reconstituíram parcial e rudimentarmente a cidade de Brats, um antigo centro de lazer e jogos do planeta, que em muito lembrava a Las Vegas terrestre. Durante muitas décadas eles estiveram privados dos confortos da modernidade, recomeçando as suas vidas através do que tinha restado de máquinas poderosas, que agora eram um monte de destroços. O trabalho manual voltou a ser a principal fonte geradora de sustento e sobrevivência daqueles renegados pela guerra e sobreviventes do acaso; a humanidade praticamente vivia novamente a fase da Pedra Lascada, de milhares de anos atrás na Terra.

As enormes adversidades pelas quais passaram os sobreviventes humanos nos primeiros anos após a Grande Guerra, em Murion, fizeram surgir como nunca visto antes a paixão pelo sobrenatural, pois somente o que os mantinham vivos era a esperança de que uma força maior estava na dianteira deles, guiando-os. Muitas lendas e profecias foram criadas para sinalizar esta esperança do povo. Uma das lendas dizia que um grande pássaro levaria, em seu interior, os humanos para um planeta onde as águas eram transparentes e preciosas como o diamante. Outra profecia fala sobre um pequeno grupo de pessoas especiais na inteligência, que conduziriam destemidamente o povo muriônico para o caminho da verdadeira conquista da paz. E ainda uma terceira lenda profetizava que um casal teria uma criança vinda da luz-criadora e que este casal governaria o paraíso que se tornaria o planeta dos humanos. O povo tornou-se, por excelência, místico, apegados às forças da natureza e na valorização de suas vidas, como forma de continuarem a viver acima das condições contrárias do tempo, do lugar, da própria condição humana...

Entre os sobreviventes, sobressaiu-se a figura de um homem chamado Ptolomeu. Ele organizou os sobreviventes em grupos ordenados em função do trabalho, contribuindo grandemente para a eficiência das atividades, transformando aos poucos o cenário desolador que havia no planeta em um local habitável. Mais tarde, depois que as condições de vida em Murion já estavam próximas das ideais, Ptolomeu transformou-se no primeiro governante de Murion, sendo de sua responsabilidade e de sua família as conquistas que o povo muriônico conseguiu e teria no futuro. Mas com o crescimento da população, várias aldeias são formadas nas áreas mais distantes da capital Brats. Estas aldeias, e principalmente, as do Deserto de Amazom, que ocupava mais da metade do planeta, passaram a ter chefes ou governantes próprios, não mais obedecendo às ordens diretas de Ptolomeu. Depois de vários conflitos sangrentos entre as tribos disputando território, Ptolomeu conseguiu reunir os muitos chefes tribais em uma Corte Única de Governo; onde cada chefe tribal continuava a ter poderes sobre sua aldeia, mas também a compartilhar das decisões de assuntos comuns a todo o planeta. Os chefes tribais passaram a serem chamados de Conselheiros, sendo Ptolomeu o Conselheiro Supremo.

Os anos passam, e com eles, vai surgindo uma nova comunidade de humanos desenvolvidos nas pequenas tecnologias, no controle sobre alguns fenômenos naturais e igualdade social entre eles. Do controle sobre a natureza, vinha a principal fonte de energia do planeta – já que ele dispunha de pouquíssimos recursos energéticos fósseis. Murion sofria diariamente o ataque de fortíssimos ventos, que foram canalizados para produzirem energia eólica através de enormes cata-ventos. Ao longo de aproximadamente mil anos, os muriônicos conseguiram alcançar uma evolução comparável à da época de esplendor da Terra. Surgem grandes cidades totalmente auto-suficientes e com grande número de pessoas. Neste ambiente favorável, a população de Murion cresce em um ritmo assustador, em três séculos os habitantes do planeta já passavam de três milhões, e agora, mil anos depois eles já eram mais de três bilhões de habitantes. Este fato ou salto incrível do número de habitantes era possível, graças às tecnologias, que possibilitavam aos seres humanos viverem quase o triplo do que seria normal. Além disso, o número de nascimentos era enorme – consequência da liberdade sexual presente no planeta –, incentivada pelos governantes, que viam em uma grande população a solução para uma rápida volta ao espaço, e a reconquista do universo que antes pertencera totalmente aos seres humanos. Na verdade, a superpopulação poderia trazer grandes problemas para a vida naquele planeta, mas era o que menos queriam pensar no momento.

Todos os recursos que eram devolvidos ao governo, através dos impostos, transformavam-se em novas tecnologias, principalmente as militares e a espaciais. Grandes centros tecnológicos foram construídos com esta finalidade, onde os mais conceituados especialistas em várias áreas do conhecimento investiam pesado em novas descobertas. Para conseguir bons profissionais o governo formou um arrojado Sistema Educacional, que dispunha de todos os recursos necessários para a formação dos melhores profissionais. A mais famosa das escolas da época era conhecida como a Cyber-School, totalmente computadorizada, interligada com os maiores gênios da atualidade, um acervo eletrônico reunindo o melhor do pensamento científico do passado e do presente; verdadeiramente ela era o sonho de qualquer aluno dedicado. Estudar nesta escola era sinônimo de um futuro brilhante. Os vários cursos preparatórios de ensino do planeta tinham como objetivo primordial que todos os alunos pudessem passar em seus rigorosos métodos de seleção. Os principais líderes, que agora governavam o planeta com sabedoria, sentaram em suas cadeiras virtuais um dia para estudar. Daí vinha o valor que eles davam ao estudo, pois sabiam que uma nação se faz próspera através do conhecimento.

Algumas pequenas viagens ao espaço já estavam acontecendo há algum tempo, porém constituíam pesados ônus para a sociedade muriônica, pois os astros próximos do planeta Murion não tinham nada a oferecer a eles pelos gastos necessários para suas explorações. É que todos haviam sido transformados em desertos na Grande Guerra, e bem antes disso as naves cargueiras da Terra já haviam retirado basicamente todos os recursos minerais de seus subsolos. A cada novo dia, missões e mais missões tripuladas eram enviadas a lugares mais distantes, à procura de recursos como os metais leves, que eram importantes para o desenvolvimento de novas tecnologias.

CAPÍTULO 2

A ESCASSEZ DE ÁGUA

Com o crescimento rápido e constante da população, os muriônicos passaram a enfrentar um problema de natureza hídrica irreversível, as reservas de água do planeta, que eram todas subterrâneas, não suportariam mais um século. Mesmo com os racionamentos constantes do produto e seu alto valor comercial, já não era possível abastecer toda a população, principalmente porque alguns magnatas, preocupados somente com suas vidas, começaram a fazer estoques deste recurso clandestinamente. Mas a grande maioria da população não tinha conhecimento das verdadeiras causas e da gravidade do problema, acusando os governantes de regularem o consumo de água para a população por falta de um bom planejamento na extração e dos gastos dos recursos hídricos, o que em parte também era verdade.

A Suprema Corte Planetária de Murion (SUCORPLAMUR), que era o poder maior do planeta, reuniu seus Conselheiros, representantes dos vários grupos que agora dominavam Murion, para discutirem sobre o fim já próximo dos recursos hídricos e para encontrarem uma solução; bem o objetivo da reunião era este, mas os Conselheiros foram convocados sem serem avisados dos motivos dela, pois se temia que muitos faltassem por acharem o problema sem muita importância. Reuniram-se na sede da SUCORPLAMUR em volta de uma grande mesa oval, sendo que todos estavam nervosos e na expectativa da fala do Conselheiro Supremo, o poderoso

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